quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Desespero...

O esforço da alma, penoso, exagerado, sofrido. Fazer por amor o que nunca fariamos por nada é uma acção macabra da nossa parte. Agir, de forma contrária ao nosso ser, é algo que nos marca, por dentro. Abre feridas profundas. Se o fizermos por alguém que não nos dá a apreciação devida, essas feridas serão abertas em vão. Então, porque continuo a fazê-lo? Porque continuo a fazer coisas que me magoam para alegrar os outros? Porque faço por outros o que sei que nunca faria por mim? É esta sensação de desvastação total que o amor deveria suscitar em mim? Se não, o que estou a fazer de errado? Qual é o meu erro, que me faz sentir a pessoa mais infeliz do mundo, soterrado sob toneladas de maus sentimentos, tristezas e arrependimentos? Preciso de alguém que me estenda a mão. Qual anjo de luz, alguém que tenha a força de me levantar e fazer-me voltar à luta. Preciso de forças. Não sei se as encontrarei algum dia, ou se vou deixar-me enterrar até ao ponto sem retorno, até à profundeza mais obscura da minha alma, aquele lugar tão negro que só existe em mitos, o lugar onde nunca ninguém esteve, o desespero profundo.

Dedico àquela que sempre me mantém fora da zona mais obscura do meu ser. Adoro-te <3

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